Estudo realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que o País perdeu, entre 2010 e 2011, 13.312 hectares (ha) ou 133 km² de verde (o equivalente a mais de duas vezes o Distrito Federal). Os Estados que mais perderam a cobertura do bioma, considerado o mais ameaçado no Brasil, foram Minas Gerais e Bahia, respectivamente 6,3 km² e 4,4 km². O estudo avaliou apenas parcialmente algumas áreas por conta da ocorrência de nuvens.
"Embora tenha havido leve queda, provavelmente o índice seria maior se não tivéssemos as nuvens. O desmatamento continua estável, o que é preocupante", disse a coordenadora do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, Marcia Hirota.
Ainda de acordo com o levantamento, que analisou 93% do bioma nos Estados do Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, divulgado nesta terça-feira em São Paulo, além dos citados anteriormente, os três Estados da região sul se destacaram de forma positiva. Enquanto no levantamento anterior registraram altos índices de desmatamentos, que chegaram a 3.701 ha no caso de Santa Catarina, desta vez os desmates ficaram em 568 ha (SC), 71 ha (PR) e em 111 ha (RS).
O levantamento elencou ainda os municípios que mais desmataram: Águas Vermelhas, Jequitinhonha e Ponto dos Volantes formam o apelidado pelos ambientalistas "triângulo do desmatamento" mineiro enquanto Canavieiras lidera o desmatamento na Bahia. A Fundação SOS Mata Atlântica associa a boa posição de São Paulo, onde existe a maior área contínua de preservação do Bioma à presença de 3 mil policiais florestais, enquanto na Bahia este número não chegaria a 300.
Nos últimos 25 anos, a Mata Atlântica perdeu 17.354 km², ou duas vezes e meia a área do Distrito Federal, ficando reduzida a 7,9% de sua área original, se considerados os remanescentes florestais.
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