Promover ciência, tecnologia, inovação e conhecimento tradicional como forma de enfrentar o principal desafio das florestas: torná-las produtivas sem destruí-las. Esta foi a proposta eleita pelos cerca de dois mil membros da sociedade civil que participaram da reunião dos Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável que discutiu as florestas.
A proposta deve ser apresentada aos Chefes de Estado e de Governo durante o Segmento de Alto Nível da Rio+20, que se inicia no próximo dia 20.
“Esta é uma participação inédita da sociedade civil em conferências da ONU. Milhões de pessoas em todo o mundo fizeram mais de 850 recomendações sobre o tema das florestas.” Foi com esta declaração que, na tarde deste domingo, dia 17 de junho, o moderador James Chau, da televisão chinesa CCTV, abriu a sessão dos Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável sobre Florestas.
O encontro abordou a importância de valorizar as florestas sem destruí-las e contou com a participação de outros dez palestrantes brasileiros e estrangeiros, entre acadêmicos, empresários e representantes de Organizações Não-Governamentais.
O cerne dos debates foi a discussão entre zerar o desmatamento e promover o reflorestamento. Yolanda Kakabadse, Presidente da World Wide Fund for Nature (WWF), chamou a atenção para a destruição florestal em compasso alarmante e lançou a segunda recomendação, aprovada pelos debatedores, que irá ao plenário dos líderes mundiais: desmatamento zero até 2020.
“Governo, sociedade e empresas devem assumir um compromisso muito claro para eliminar o desmatamento do mundo. Precisamos, como sociedade, reafirmar a decisão de manter a floresta em pé”, defende André Giacini de Freitas, Diretor Executivo do Conselho de Manejo Florestal.
A professora da UFRJ, Bertha Becker, destacou que 70% da população amazônica vive nos núcleos urbanos e que é preciso fortalecer estes pequenos centros como prestadores de serviços para produção e organização das cadeias produtivas sustentáveis. “É preciso alargar os horizontes e perspectivas da população local”, reforçou.
Estebancio Castro Diaz, Secretário Executivo da Aliança dos Povos Indígenas e Tribais das Florestas Tropicais, reiterou a importância de incluir os povos indígenas na definição dessas políticas.
“Deve haver uma interligação entre a proteção das florestas e o interesse das populações, seja por valor social, econômico ou espiritual”, completou Lu Zhi, Diretora do Centro para Natureza e Sociedade da Universidade de Beijing.
Christian Del Valle, Fundador do Althelia Ecosphere e Climate Fund, defendeu a inclusão da devastação no cálculo do PIB. “O capital humano e o capital natural devem ser tão importantes quanto o capital financeiro”, explicou.
A proposta deve ser apresentada aos Chefes de Estado e de Governo durante o Segmento de Alto Nível da Rio+20, que se inicia no próximo dia 20.
“Esta é uma participação inédita da sociedade civil em conferências da ONU. Milhões de pessoas em todo o mundo fizeram mais de 850 recomendações sobre o tema das florestas.” Foi com esta declaração que, na tarde deste domingo, dia 17 de junho, o moderador James Chau, da televisão chinesa CCTV, abriu a sessão dos Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável sobre Florestas.
O encontro abordou a importância de valorizar as florestas sem destruí-las e contou com a participação de outros dez palestrantes brasileiros e estrangeiros, entre acadêmicos, empresários e representantes de Organizações Não-Governamentais.
O cerne dos debates foi a discussão entre zerar o desmatamento e promover o reflorestamento. Yolanda Kakabadse, Presidente da World Wide Fund for Nature (WWF), chamou a atenção para a destruição florestal em compasso alarmante e lançou a segunda recomendação, aprovada pelos debatedores, que irá ao plenário dos líderes mundiais: desmatamento zero até 2020.
“Governo, sociedade e empresas devem assumir um compromisso muito claro para eliminar o desmatamento do mundo. Precisamos, como sociedade, reafirmar a decisão de manter a floresta em pé”, defende André Giacini de Freitas, Diretor Executivo do Conselho de Manejo Florestal.
A professora da UFRJ, Bertha Becker, destacou que 70% da população amazônica vive nos núcleos urbanos e que é preciso fortalecer estes pequenos centros como prestadores de serviços para produção e organização das cadeias produtivas sustentáveis. “É preciso alargar os horizontes e perspectivas da população local”, reforçou.
Estebancio Castro Diaz, Secretário Executivo da Aliança dos Povos Indígenas e Tribais das Florestas Tropicais, reiterou a importância de incluir os povos indígenas na definição dessas políticas.
“Deve haver uma interligação entre a proteção das florestas e o interesse das populações, seja por valor social, econômico ou espiritual”, completou Lu Zhi, Diretora do Centro para Natureza e Sociedade da Universidade de Beijing.
Christian Del Valle, Fundador do Althelia Ecosphere e Climate Fund, defendeu a inclusão da devastação no cálculo do PIB. “O capital humano e o capital natural devem ser tão importantes quanto o capital financeiro”, explicou.
O setor privado também foi apontado como parte da solução. O empresário Anders Hildeman, Diretor para Floresta da IKEA, reforçou a importância de as empresas seguirem normas sustentáveis e que a sustentabilidade precisa estar ao alcance da população. “As grandes empresas é que têm o peso necessário para influenciar a forma como a madeira é extraída.”, afirmou.
O Co-Presidente do Conselho de Administração da Natura Cosméticos, Guilherme Leal, falou da importância de promover a cultura da responsabilidade social nas empresas. “Reconhecer esse valor é aproveitar a oportunidade de empreender”, acrescentou.
Além da proposta eleita pela sociedade civil e a que foi elaborada pelos debatedores, uma teve especial repercussão: restaurar, até 2020, 150 milhões de hectares de terras desmatadas ou degradadas.
Esta foi a recomendação eleita pelas votações realizadas pela Internet, encerradas no dia 15 de junho. “Fiquei exultante com a votação dos internautas, pois é fundamental termos soluções práticas e metas passíveis de mensuração”, registrou Julia Marton-Lefevre, Diretora-Geral da International Union for Conservation of Nature (IUCN).
Defensor do reflorestamento, sem desconsiderar a ameaça do desmatamento, Klaus Töpfer, Diretor Executivo do Instituto para Estudos de Sustentabilidade (IASS), fechou o debate sinalizando a importância de criar empregos nas regiões das florestas, relacionados aos produtos florestais, para motivar o desenvolvimento local. “Plantar árvores é fazer a paz”, finalizou.
Estrutura dos Diálogos
Os Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável iniciaram-se no dia 16 de junho e estendem-se até o dia 19 de junho na plenária do Pavilhão 5 do Riocentro. São dez rodadas de discussão, com dez participantes cada uma, que abordarão temas prioritários da agenda internacional de sustentabilidade.
A cada rodada, três propostas serão escolhidas, uma pelos palestrantes, uma pelos participantes da sessão e uma pelos internautas. As trinta sugestões mais votadas serão levadas diretamente aos Chefes de Estado e de Governo presentes na Rio+20.
São dez os temas dos Diálogos:
• Desemprego, trabalho decente e migrações;
• (ii) Desenvolvimento Sustentável como resposta às crises econômicas e financeiras;
• (iii) Desenvolvimento Sustentável para o combate à pobreza;
• (iv) Economia do Desenvolvimento Sustentável, incluindo padrões sustentáveis de produção e consumo;
• (v) Florestas;
• (vi) Segurança alimentar e nutricional;
• (vii) Energia sustentável para todos;
• (viii) Água;
• (ix) Cidades sustentáveis e inovação;
• (x) Oceanos.
Todos os debates são transmitidos ao vivo no website das Nações Unidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário